Hérnia de disco e Tratamento

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Em geral, o sucesso do tratamento das doenças da coluna vertebral depende da mudança de hábitos por parte dos pacientes, que inclui perda de peso, melhora da postura, mudança de comportamento em atividades cotidianas, prática regulares de exercícios físicos, técnicas de relaxamento para combate ao estresse, dentre outros. Ainda assim, em muitas situações, existe a necessidade de tratamentos adjuvantes, os quais podemos dividir em duas modalidades: conservador e cirúrgico.

 TRATAMENTO CONSERVADOR

Engloba todas as estratégias de tratamento não cirúrgicas. Tais como: CADEIAS FISIOLÓGICAS DE Busquet; Podoposturologia, Osteopatia,Terapia Crâneo Sacral, Pilates, Hidroginástica, RPG, Flex-Trac

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO

Diversos medicamentos são utilizados para alívio das dores decorrentes das afecções da coluna vertebral administrado por via oral, intramuscular, venosa e bloqueios anestésicos locais e injeções epidurais de corticoterapia. As medicações são usadas para tratar a dor decorrente das doenças da coluna, e por esta razão, é um tratamento voltado para as conseqüências e não para as causas do problema.

Na fase aguda da dor são utilizados os antiinflamatórios esteroidais e não-esteroidais, analgésicos (opióides) e relaxantes musculares de ação central e periférica.

Já na fase crônica da dor, podem ser associados antidepressivos, anticonvulsivantes e outras medicações com ação analgésica e voltadas para as alterações psiquiátricas da dor crônica.
Os bloqueios anestésicos e as injeções epidurais de corticoterapia são modalidades mais invasivas de tratamento medicamentoso, utilizados em situações mais específicas, podendo ter caráter definitivo ou paliativo.

FISIOTERAPIA e ATIVIDADES FÍSICAS

Engloba inúmeras técnicas diferentes, cada uma com objetivos e filosofias específicas.

É fundamental a avaliação de um fisioterapeuta especializado no direcionamento para as técnicas mais adequadas em cada caso. As especialidades fisioterápicas mais voltadas às patologias da coluna vertebral são: OSTEOPATIA; PODOPOSTUROLOGIA;CADEIAS FISIOLÓGICAS DE BUSQUET; FLEX-TRAC( tração dinâmica da coluna  e de forma passiva); RPG;TERAPIA CRÂNEO SACRAL; PILATES; ACUPUNTURA; HIDROGINÁTICA;TREINAMENTO FUNCIONAL.

A avaliação inicial das atividades de vida diárias e como elas são executadas e promovendo as devidas correções da postura e do equilíbrio estático e dinâmico.

A analgesia, alongamento, relaxamento e reforço da musculatura, dentre outros, são as formas de atuação da fisioterapia para o paciente portador de doença da coluna.

RPG

Esta sigla significa Reeducação Postural Global. Visa tratar as curvaturas anômalas da coluna vertebral, ou as retificações anormais através de técnicas de alongamento e reforço de musculatura melhorando assim o equilíbrio do corpo de maneira globalizada e não segmentar. A sua limitação é o fato de que pessoas com crise de dor não costumam tolerar as posições e exercícios prescritos.

O RPG pode ser útil para pessoas de todas as idades, porém só deve ser praticado por profissionais habilitados, sob pena de causar danos à coluna.

Pilates

É uma técnica de fisioterapia que tem por objetivo aumentar a potência dos músculos do “core” (abdominais + paravertebrais), trazendo uma melhor estabilidade e equilíbrio à coluna, exigindo menos das articulações. Deve ser direcionado às necessidades de cada pessoa e pode ser prescrito para todas as idades e níveis de condicionamento físico. Tem excelentes resultados para dores articulares e na prevenção e reabilitação de doenças da coluna.

ATIVIDADES  FÍSICAS

As atividades físicas e esportivas são importantes para a prevenção e tratamento das doenças da coluna. Além dos benefícios cardiovasculares e respiratórios, as atividades aeróbicas ainda contribuem significativamente para o relaxamento mental e combate ao estresse. Além da oportunidade de  socialização nas atividades coletivas.

A melhora do condicionamento físico e o aumento da massa e potência muscular, promove um melhor equilíbrio espinhal,e desta forma, menos desgaste articular.

As atividades mais comumente indicadas são as aquáticas (hidroginástica, natação) devido ao fato de não terem impacto sobre a coluna. A musculação também pode ser bastante eficiente para fortalecimento muscular e para tratamento de dores e lesões articulares. Outras atividades como caminhada, bicicleta e ginástica também podem trazer benefícios.

É fundamental que a prática de exercícios seja sempre orientada por um profissional da área da educação física que tenha conhecimento e entendimento das necessidades e limitações de cada paciente. Outro ponto de grande importância é a utilização de material esportivo adequado, como por exemplo, a utilização de tênis com solado próprio para caminhadas, com sistema de amortecimento, e se necessário uso de palmilhas proprioceptivas sob molde para cada caso específico.

Exercícios que gerem impacto para a coluna devem ser evitados na maioria dos casos. O professor de educação física saberá dosar a carga de impacto que individualmente cada paciente pode suportar.

CIRURGIAS

Resumidamente, os tratamentos cirúrgicos são reservados para pacientes que não têm melhora com o tratamento conservador, que têm alterações neurológicos, ou cujas deformidades prejudiquem a respiração ou o equilíbrio.
Todos os pacientes que vão submeter-se a tratamentos cirúrgicos devem fazer uma série de exames para avaliação clínica chamados coletivamente de risco cirúrgico.

Não se engane! Nem sempre as técnicas cirúrgicas mais modernas são mais eficazes.

A seguir, descreveremos algumas das técnicas cirúrgicas mais comuns, divididas em duas modalidades:

Cirurgias Minimamente Invasivas

Nucleoplastia/IDET
São procedimentos voltados ao tratamento de dor discogênica. Consistem em uma punção do discoguiada por raio X,através da qual introduz-se um eletrodo que aquece os tecidos intradiscais com o objetivo de diminuir a pressão intradiscal e diminuir a compressão às estruturas neurais. Além disso, ocorre a coagulação térmica dos nervos responsáveis pela sensibilidade do próprio disco, seu objetivo é lesionar as terminações nervosas do disco que levam a informação de dor ao cérebro.

As complicações relacionadas a este procedimento são raras. Os pacientes podem evoluir com infecções (discites) ou lesões neurais. No longo prazo, os sintomas iniciais podem retornar caso haja regeneração das microfibras nervosas.

Aspiração Intradiscal
É realizada uma punção discal por onde se introduz um fino cateter que é ligado a um aspirador que retira material discal. O objetivo é descomprimir as estruturas neurais com a diminuição da massa do disco. É reservado para hérnias discais contidas e pode ser realizado com anestesia local.

Vertebroplastia/Cifoplastia
É a injeção de cimento ósseo diretamente no corpo das vértebras através de uma punção. Utilizado para tratamento de fraturas vertebrais sem compressão das estruturas neurais. Este procedimento pode ser realizado com anestesia local, apesar de ser bastante desconfortável.

Denervação Facetária
Este procedimento é utilizado para tratamento de dor facetaria não responsiva ao tratamento conservador.
Após o posicionamento de uma agulha nas facetas articulares, é introduzida uma ponteira através dela que é conectada a um gerador de radiofreqüência.Dessa forma, a ponteira aquece os tecidos ao seu redor e lesiona os nervos que chegam às facetas doentes.

Cirurgias Vídeo-Endoscópicas
São cirurgias onde são utilizados câmeras e instrumentos de fibra óptica para iluminação do campo cirúrgico. São utilizadas incisões menores com menor lesão tecidual. Porém nem todos os pacientes podem se beneficiar de tais técnicas, pois têm indicações mais restritas.

Cirurgias Convencionais

Artrodese

Este procedimento tem por objetivo a fusão de vértebras adjacentes para o tratamento da instabilidade, para correção das curvaturas anormais (deformidades) da coluna e em casos de trauma. Para isto são utilizadas próteses como parafusos e hastes de titânio que mantêm as vértebras imóveis para que haja fusão óssea, sempre associada à colocação de enxerto ósseo. Algumas semanas depois do procedimento, forma-se uma ponte óssea que fixa as vértebras e impede seus movimentos anormais.

Nas artrodeses curtas não há prejuízo importante dos arcos de movimento e os pacientes conseguem realizar suas atividades diárias sem restrições. Já nas artrodeses longas há perda de flexibilidade da coluna, por vezes significativa.

A artrodese é indicada para casos de espondilolisteses, hérnias discais e estenoses de canal com instabilidade, escolioses, fraturas e tumores que necessitem reconstrução da estrutura e do equilíbrio da coluna.

Laminectomia Descompressiva

É a retirada cirúrgica das lâminas para descompressão das estruturas neurais, normalmente associada à retirada do ligamento amarelo. Pode ser associada à artrodese em situações em que haja instabilidade da coluna.
Utilizada para tratamento das estenoses de canalvertebral, alguns casos de trauma, tumorese como acesso cirúrgico para abordagem de outras lesões.

Microdiscectomia

Consiste na retirada direta, com uso do microscópio cirúrgico,dos fragmentos discais herniados e na retirada do batente ósseo contra o qual o disco comprime a raiz nervosa ou a medula. Esta cirurgia é indicada para o tratamento de hérnias discais que cursam com radiculopatia. É realizada sob anestesia geral.

Artroplastia

Trata-se da substituição das articulações ou do disco por uma prótese que tem o objetivo de preservar, mesmo que parcialmente, os movimentos daquela articulação. Isto leva a um retardo no processo degenerativo quando comparado com as cirurgias de fusão óssea. Há também uma menor limitação dos movimentos.
É indicada para tratamento de hérnias discais com poucas alterações degenerativas e doenças degenerativas discais, e deve ser realizada sob anestesia geral.

Implante de Eletrodo Epidural

Este procedimento é utilizado para tratamento da dor crônica. Consiste no implante de um eletrodo sobre a medula (no espaço epidural) ligado ao um gerador (bateria) posicionado no tecido subcutâneo. O eletrodo gera um campo eletromagnético que “atrapalha” a progressão do estímulo nervoso que passa pela medula em direção ao cérebro. Desta forma, a informação de dor não chega ao cérebro e o paciente experimenta o alívio da dor. É utilizado para tratamento de dores neurogênicas que não respondem aos medicamentos, como por exemplo em casos de síndrome pós-laminectomia.

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